quarta-feira

A Cornélia o que é de César

Acabam agora as angústias do teu olhar,
Enchem-se de lágrimas sem dor os meus.
Respiro e suspiro aliviado pela última vez
Esvai-se da carne o sentimento e desejo composto por nossos corpos
Tento agarrar o ar que sai dos teus pulmões

Cai a noite
Vem e devora todas as certezas da mente
Trás contigo o vento e bagunça a sala tediosa
Esquece do que vivi e junto da noite vai
Não podes mais me tirar do peito o amor que não habita ali
Se sabes quem fui vê que sou mortal
E entende que o amor virou líquido e foi-se


Serei realista até que o real me prove o contrário
Te evito e evito assim as dores de mim
Só pra si, pensas em ti, que eu não mais pensarei
O que é meu é de mim, o que é de ti não me pertence
E quando a noite for não saberás mais quem sou

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