segunda-feira

1003

Tamanha dor.Deveras é complicado seguir em frente,seguir pelo mesmo caminho,a mesma volta pra casa,as mesmas pessoas,a mesma escola,o mesmo lugar.Chegou no fundo do poço agora,eu cheguei no fundo.A corda que ficou no meu pescoço já arrebentou,e me castigou quando me deixou cair,uma morte intensa,e eterna.Eterna inquanto dure.Tuas palavras,e tuas formas são como as agulhas que me cravam,são como os dias frescos que cortam a garganta,tuas farpas com minha pessoa,pra que tanto,nesse mar de gente,nesse mundo de peixes,pra que tanto comigo?São váriaveis que se cruzam,onde as pontas não dão nó,os olhos precisam de óculos escuros pra não ver os rostos que clamam teu nome.Nick name,inventaram a mentira,pra inventar outra verdade,tuas mentiras,minhas verdades,minhas mentiras,tuas verdades.Qual a diferença dos lados?Paralelos e meridianos,no meio da distância vai existir o que não se pode medir,algum sentimento de doer.Verás a luz entrar pelas frestas,ouvirá a voz na tua lembrança,sentira o leve toque,mas só depois que eu partir,só depois pra você se divertir,engano meu,tu já começou antes dos ponteiros pararem de cansaço,antes dos nomes invadirem tua boca,só quando eu estiver longe.Dê o braço a torcer,deixe o tempo correr.Alguém por favor me atire a última corda pra me tirar do frio que assola meu corpo,pra me tirar do escuro que domina minha vista,me tirar da agonia que vive no lugar onde bateria um coração.Eu nunca pedi nada de mais,eu só quero uma mão pra me segurar,pra não me deixar afogar.Pode me levar pra onde for,só me tire daqui.

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