quinta-feira

Pra sempre solidão

Largue suas armas, já passou das 4 da manhã, ninguém escuta os murros, ninguém escuta os gritos de solidão, no frio, não aqui, sim lá faz frio, chuva no outro lado da rua,o helter skelter passando na Tv, a touca de duende, tudo naquela noite, eu pedi pra parar, não só eu. Mas como saber o que havia em 24 anos se por 6 meses eu vivi isso. Como ajudar como aguentar tanta carga pra carregar, como, como, como!
Só sei que eu vim até aqui por um motivo, e vou daqui a diante com mil, com mil lugares, e eu não me importo quem eu vá conhecer, quem eu vá desconhecer, e quem vai me acompanhar.
O mundo é feito disso, e eu sou feito disso.
Talvez isso nunca seria o suficiente, só quem ficou pra ver o final sabe, eu saio antes, eu vou embora antes do fim, mas fico pro amanhecer, sem ninguém me ver.
Sem eu e sem você, sem a imensidão no meio, sem ninguém, eu e meus pés, minhas pernas andando pelas avenidas encontrando e amargando sorrisos a quem passava pela rua e o cumprimentava.
Obrigado pela carona, é hora de crescer.

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