quarta-feira

A história de bile

Adeus por que eu vou com os meus pra uma turnê. Talvez na copa eu deveria ter levantado mais doses do que poderia pedir, assim as rosas que ficavam perambulando pela cabeça seriam amassadas num leve toque de romance. As cartas sumiam com o barulho, e as mãos deslizavam pelo corpo, se perdeu no scotch, se perdeu no gelo,15 anos, bebendo aquela jóia sem pensar em nada só o zoom atrapalhava. Aqueles olhos de comer, que inibiam qualquer flerte ou gesto, talvez eu seja o único canalha com estampa na testa,ou o único com coragem, sem dizer um pingo de verdade. Os carinhos se perderam como aqueles domingos desapareceram, e eu fico ouvindo o som do meu blues. Éra só mais um,talvez com as vozes e olhares mais convincentes do que nunca,acho que estes flertes trazem sobrenomes e nomes que condizem com seus atos sem pensar. Mesmo assim continua funcionando, abusou da absolut sem querer, querendo entender porque tudo girava sem parar, e não encontrava aquele tal ponto em que tudo desligava. Seus olhos iam baixando, suas pernas cansando, mas o charme continuava como um breve descanso junto ao sangue quente. Eu sou só mais um, mas como ser, em meio a tantos seres, isso não é meu, mas o papel me cabe, como caberia aos meus velhos senhores. E os toques, nunca mais romance, nunca mais scotch nas noites, pra aquecer aquele personagem que te faz enlouquecer, sinto falta da metade que desligou, e a outra metade que toma os corpos de meros coadjuvantes duma vida toda. "O teu corpo é todo meu" dizia por uma noite, mudando as fotografias e os rumos da nostalgia o pregavam naquele pensamento egoísta quando sóbrio, mas minimalista quando apresentado ao rum, se perdoaria por ferir a moça da história em quadrinhos, ou continuaria, e resgataria, o papel de receber o mérito sozinho. Os passos o levavam para casa, sua cabeça de ressaca, outro dia vai passar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário